sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"Abstinência Poética"

Que droga é essa...
Que entorpece, acalma e acelera o coração?
Será que sou viciada?
E essa crise é só abstinência?
Eu sempre recaio!
E o maldito efeito... sempre passa

Nos torna dependentes...
Químico, psíquico e indecifrável
Orgânico ou sintético?
Prefiro morrer de overdose
Que viver lentamente da cura.

Onde estão os incuráveis...
Aqueles traficantes de suspiros e inspiração?
Esse vício tem cura?
Pode me matar?
Eu sempre recaio!
E o maldito efeito... sempre passa

Depois vem o vazio...
A cinza, a abstinência... a sanidade
Que loucura é essa???
Moribundos perambulantes de corredores brancos.
Desnutridos, pálidos e cálidos.
Num coma profundo de inércia...
À respirar sem o coração bater.
Prefiro morrer de overdose
Que viver lentamente da cura.


Simplesmente KEL
16 de Outubro de 2011

Um comentário:

Beto Uchôa disse...

Viver é um sonho sem logica, estranho neh, muito estranho